Como forma de vida, como protesto e para remendar esta ruptura.
Afinal, o que mais me resta neste mundo vão e transitório?
Não há como conformar-se com o quão estúpidas certas regras de conduta podem transformar-se em algo obrigatório!
Ó vida efêmera, ingrata e ridiculamente vazia!
Não consigo lembrar-me de quando tornei-me tão racional, objetiva e até mesmo um tanto fria...
Pelo menos a maturidade chega e a juventude ainda permanece...
A cabeça até que funciona bem , porém o coração padece.
A esperança vai por água abaixo e a vontade esmorece.
Necessito algo que me motive, que me empurre para a frente.
E de que adianta tanto adubo se ainda nem plantei a semente?
E já nem sei onde larguei aquele velho ideal que tinha fixo em minha mente...
Já não consigo confiar em quase mais ninguém,
Uma vez que meus valores não tão mundanos vão muito além.
E parece que esse tão esperado futuro nunca vem!
E começo a aprender a viver sem mediocridade, sem hipocrisia, sem sonhos nem fantasias,
Sem desejos, sem fortes aspirações ou velhas manias
E já nem sei onde estão minhas velhas fobias.
Perto do agradável e longe do mal...
Alguém se arrisca a explicar-me de que é feita a vida, afinal?
Um pouco pessimista, mas afinal, não se vive de ilusão, né?
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